Proposta: Os limites do uso da tecnologia para a formação
das crianças
DUALIDADE
TECNOLÓGICA
Desde o final da década de 1980,
com a consolidação da Revolução Técnico-Informacional, a tecnologia tornou-se
inerente à vida dos indivíduos. Ao pensarmos no público mais jovem de hoje em dia, percebemos que essa
aproximação é potencializada. Partindo desse contexto, o uso tecnológico provoca uma
dualidade na formação da criança: a (des)aprendizagem.
É preciso reiterar, em uma primeira
perspectiva, que o uso de tecnologia por crianças pode ser proveitoso. Essa ferramenta possui potencial
pedagógico, visto que pode permitir o acesso a conteúdos informacionais por
meio de vieses lúdicos.
Um projeto realizado pelo núcleo de ensino da Universidade Estadual Paulista
(Unesp) mostrou que o uso da tecnologia na educação melhora em 32% o rendimento
dos alunos em Matemática e Física, em comparação aos conteúdos trabalhados de
forma expositiva em sala de aula. Sendo assim, o dinamismo da tecnologia
fomenta a aprendizagem infantil.
Em uma segunda análise, é possível
elucidar que os aparatos tecnológicos podem coibir, de certa forma, o
crescimento da criança. Esses recursos, dotados de coercitividade sobre os indivíduos,
impõem-lhes usos frequentes e excessivos. Segundo a terapeuta canadense Cris Rowan, a superexposição
da criança a celulares, internet e televisão está relacionada a déficit de
atenção, atrasos cognitivos, dificuldades de aprendizagem, impulsividade e
problemas em lidar com sentimentos como a raiva. Percebe-se, portanto,
que a tecnologia também pode ser um aparato de desaprendizagem.
Logo, torna-se evidente o
caráter dual dos aparatos tecnológicos como ferramentas de auxílio na formação
infantil. É imperativo
que o Estado promova maior conscientização nas escolas sobre o uso sensato e
sem exageros da tecnologia. Aliado a isso, cabe aos responsáveis a fiscalização
de conteúdo e do tempo das crianças no ambiente virtual. Quem sabe assim
será possível valorizar o aspecto agregador dessa ferramenta, descartando a
atual essência de dualidade.
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